Astronomia no Brasil

Em 1639, por iniciativa de Maurício de Nassau, foi instalado o primeiro observatório do hemisfério sul na torre maior do palácio de Friburgo, na ilha de Antônio Vaz, em Pernambuco. Ali o cientista alemão Georg Marcgrave fez a primeira observação científica de um eclipse nas Américas. Ainda no século XVII foram importantes as contribuições de astrônomos jesuítas como Valentim Stancel e Aluísio Conrado Pfeil.

Em 1780 foi decidida a criação do Observatório Astronômico do Rio de Janeiro. Uma comissão portuguesa dirigida pelo cosmógrafo Bento Sanches da Orta passou a trabalhar no morro do Castelo, mas a instituição só foi oficialmente fundada em 15 de outubro de 1827. Em 1850 já contava com os instrumentos necessários às suas atividades, isto é, um círculo mural, uma luneta meridiana, aparelhos magnéticos e meteorológicos. Emmanuel Liais, do Observatório de Paris, foi o primeiro diretor do Imperial Observatório, como passou a se chamar. Sua mudança para o morro de São Januário se deu em 1922, na gestão de Henrique Charles Morize, que o dotou de uma luneta equatorial Cooke, de 46cm de abertura, com duas câmaras astrofotográficas Taylor e outros valiosos instrumentos de pesquisa. Já com o nome de Observatório Nacional, foi um dos 15 observatórios a colaborar com o Bureau Internacional da Hora no traçado da primeira curva senoidal da variação anual da rotação da Terra, feito pelo astrônomo francês de origem russa Nikolas Stoyko.

Entre a década de 1920 e a de 1950 o observatório contou com a personalidade altamente realizadora de Lélio Gama, que coordenou importantes pesquisas e procurou atualizar o equipamento disponível. Foi estudada a variação de latitude do Rio de Janeiro, criou-se com avançada tecnologia o Serviço de Hora, procedeu-se ao levantamento magnético e gravimétrico do país. Os grandes planetas receberam especial atenção a partir de 1956, e assinalaram-se contribuições originais no campo da observação das estrelas duplas: em 1968, iniciou-se ali, pela primeira vez na América do Sul, o emprego da técnica de exposições fotográficas múltiplas no acompanhamento das binárias visuais.

Outras instituições astronômicas mais tarde criadas no país são o Instituto Astronômico e Geofísico da Universidade de São Paulo, o Observatório Astronômico do Instituto Tecnológico da Aeronáutica de São José dos Campos e o Centro de Radioastronomia e Astrofísica da Universidade Mackenzie, que instalou em Atibaia SP um grande observatório radioastronômico.

Veja também:
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Astronomia na Idade Média e no Islã
Astronomia no Renascimento
Astronomia nos Séculos XVIII, XIX e XX
Instrumental e Metodologia
     
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