Formalismo


O sentido comum do termo formalismo - importância desmedida concedida às formalidades, ao exterior - ajusta-se ao sentido filosófico, que consiste em negar a existência real da matéria e reconhecer-lhe somente a forma.

O termo formalismo é utilizado com sentidos diferentes, segundo o contexto de aplicação seja a lógica, a filosofia da matemática, a gnosiologia, a ética ou a estética, mas sempre com a idéia de preponderância da forma sobre a matéria.

Formalismo Lógico

Parcialmente inspirado em Immannuel Kant, o formalismo lógico atribui um caráter puramente formal aos princípios e leis da lógica, e portanto tende a tomá-los como meras convenções. O conjunto dos enlaces lógicos formaria uma totalidade autônoma, radicalmente separada das conexões reais entre seres ou partes do ser. Representado inicialmente, no século XIX, pelo filósofo e educador alemão Johann Friedrich Herbart, o formalismo nasceu em oposição à lógica metafísica dos escolásticos, inspirada em Aristóteles, para a qual os princípios lógicos têm intrinsecamente um alcance ontológico - não valem só para as conexões de idéias, mas também para as coisas reais. Mais tarde essas correntes sofreram oposição do psicologismo de John Stuart Mill, segundo o qual os princípios lógicos não são nem puras formas convencionais nem verdades ontológicas, mas leis naturais que regem o pensamento humano em seu exercício concreto. No século XX, Edmund Husserl combateu o psicologismo com uma síntese do formalismo e da lógica metafísica.

     
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