Universo No século IV a.C., Parmênides de Eléia concebia o universo como "a massa de uma esfera arredondada que se equilibra em si mesma, em todos os seus pontos". Heráclito de Éfeso via o mundo como contínuo movimento e constante vir-a-ser. Dois mil e quinhentos anos mais tarde, como se prolongasse e desenvolvesse essas intuições originais, Albert Einstein, que também concebeu o universo como uma esfera, falou "da razão poderosa e suprema que se revela no incompreensível universo". A idéia de universo é produto de um momento histórico, suas concepções religiosas, filosóficas e científicas. A menos que se considere a situação da ciência e da filosofia num dado instante como definitivas, suas posições, teorias e hipóteses não passam de momentos de um processo, o qual consiste no desvendamento progressivo da realidade pela razão. Tal processo, que se confunde com o que se poderia chamar de história da razão, revela que o saber é social e histórico, e que a realidade não se descobre de uma só vez, pelo mesmo homem, mas aos poucos, e pelas diversas gerações que se sucedem. Evolução da Idéia de Universo O conceito de universo, inseparável da história da religião, da filosofia e da ciência, teria percorrido três etapas, que podem eventualmente coexistir no contexto de uma mesma cultura, embora em cada contexto uma delas sempre prevaleça. A primeira se caracteriza pela concepção religiosa, a segunda pela metafísica e a terceira pela concepção científica. Segundo a concepção religiosa, o mundo, além de ter sido criado por Deus ou pelos deuses, é por eles governado, à revelia do homem e de sua vontade. Diante de Deus, ou dos deuses, infinitamente poderosos, o homem não passa de um ser indefeso e temeroso. Veja também:
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