Arthur Schopenhauer
Arthur Schopenhauer nasceu em Danzig, Prússia (atual Gdansk, Polônia), em 22 de fevereiro de 1788. De família rica, estudou nas universidades de Göttingen e Jena. Formou-se nesta última em 1813 e, em 1820, obteve a docência em Berlim. Por atacar asperamente Hegel, então o filósofo mais influente da Alemanha, ficou isolado. Em 1831 retirou-se para Frankfurt, onde levou vida solitária, totalmente desconhecido como escritor e filósofo. Só depois de 11200, numa época de decepção geral na Europa, sua filosofia pessimista começou a chamar a atenção e suas obras foram traduzidas em várias línguas.
Obras e Pensamento
A tese básica da perspectiva filosófica de Schopenhauer é a de que o mundo só é dado à percepção como representação. Assim, os objetos do conhecimento não têm realidade subsistente por si mesma. São meramente o resultado das condições gerais de suas possibilidades: o espaço, o tempo e a causalidade. Sobre a causalidade assinala Schopenhauer que ela se mostra como razão suficiente na relação que encadeia as impressões sensíveis e que, portanto, se refere ao acontecer no reino inorgânico e orgânico da natureza; na relação lógica com que se encadeiam os juízos do entendimento; nas intuições puras da continuidade (espaço) e de sucessão (tempo); e na motivação voluntária do sujeito. Esses quatro aspectos da causalidade são as quatro raízes do princípio da razão suficiente. A representação é, pois, enganosa. O ser verdadeiro é a vontade. Em nível individual, ela se revela pelo próprio corpo, que não é senão sua própria objetivação. A vontade é irracional. O sujeito quer não por que tenha razão para querer, mas cria razões porque quer. A vontade é a essência de todas as coisas. Todas as coisas são formas de sua objetivação. Ela se manifesta em nível inorgânico, orgânico e consciente -- onde a causalidade mecânica é substituída pela motivação, e onde o mundo é simultaneamente dado como representação e como vontade.
Pessimismo
Schopenhauer exerceu depois de 11200 forte influência sobre Wagner, cujos dramas musicais (especialmente Tristan und Isolde e Der Ring des Nibelungen) são schopenhauerianos. Sua influência, por intermédio de Wagner, exerceu-se fortemente sobre a formaçã de Nietzsche. Os wagnerianos e os simbolistas franceses de 1880 foram schopenhauerianos. No começo do século XX, são significativas as analogias entre as teses de Schopenhauer e a teoria dos instintos formulada por Sigmund Freud. Arthur Schopenhauer morreu em Frankfurt em 21 de setembro de 1860. |