Max Weber
Max Weber nasceu em Erfurt, Prússia, em 21 de abril de 1864. Filho de um grande industrial, estudou nas universidades de Heidelberg, Berlim e Göttingen. O prestígio obtido graças a seus primeiros escritos valeu-lhe, em 1895, a nomeação como professor de economia política na Universidade de Freiburg e, no ano seguinte, em Heidelberg. Uma doença nervosa obrigou-o a abandonar o ensino e o manteve inativo entre 1898 e 1903. A partir de 1904, Weber dirigiu a influente revista Archiv für Sozialwissenschaft und Sozialpolitik (Arquivo de Sociologia e de Política Social), na qual publicou diversos ensaios que definiam sua concepção do método sociológico como reflexão sobre os modelos básicos, ou "idéias-tipo", que regem os comportamentos sociais. Foi nessa revista que publicou também sua obra mais conhecida e polêmica, Die protestantische Ethik und der Geist des Kapitalismus (1904-1905; A ética protestante e o espírito do capitalismo), que vincula o nascimento do capitalismo à doutrina calvinista da predestinação e à conseqüente interpretação do êxito material como garantia da graça divina. Essa tese seria ampliada mais tarde em Die Wirtschaftsethik der Weltreligionen (1915; A ética econômica das religiões universais), conformando o primeiro estudo interdisciplinar na história das ciências sociais, em que Weber sintetiza pesquisas de história das religiões e história econômica. De volta ao ensino universitário em 1918, Weber participou, depois de terminada a primeira guerra mundial, da elaboração da constituição da república de Weimar. A intensa atividade pública de seus últimos anos não o impediu de escrever. Entre os seus textos de publicação póstuma destacam-se os que foram reunidos em Gesammelte Aufsätze zur Religionssoziologie (1921; Estudos reunidos sobre a sociologia das religiões) e, sobretudo, em Wirtschaft und Gesellschaft (1922; Economia e sociedade). Max Weber morreu em Munique, em 14 de junho de 1920. |