Zenão de Eléia
(495 - 430 a.C.)

Reconhecido por Aristóteles como criador da dialética, Zenão de Eléia enunciou paradoxos que foram decisivos para a evolução do pensamento lógico, base de todo o conhecimento científico.

Zenão nasceu por volta de 495 a.C. na colônia de Eléia, na Magna Grécia (sul da Itália). Pertenceu à escola eleática fundada por Parmênides, de quem foi amigo e discípulo. A grande tarefa que se propôs foi a de demonstrar as teorias do mestre, opondo aos que a combatiam argumentos estritamente lógicos e formais. Parmênides distinguia o conhecimento racional do conhecimento sensível: por ser o sensível mutável e contraditório, o ser e a verdade são dados do pensamento, cujo objeto é o ser idêntico a si mesmo.

A dialética de Zenão consistia em admitir as proposições dos adversários para demonstrar, por redução ao absurdo, a contradição implícita nas conseqüências do que fora afirmado. Seus paradoxos procuraram demonstrar a inconsistência da idéia de multiplicidade das coisas no tempo e no espaço, em defesa da tese de Parmênides, segundo a qual o ser é uno e indivisível. Como o mestre, afirmou a identidade entre ser e pensamento: só existe o que é suscetível de ser pensado. Daí a célebre tese sobre a inexistência do movimento: como não é inteligível, o movimento não existe, ou seja, é uma ilusão dos sentidos. As idéias de Zenão encontraram eco na filosofia platônica. Zenão de Eléia morreu por volta de 430 a.C.



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