Morte de Deus


A proclamação nietzschiana da morte de Deus deve ser entendida dentro do quadro acima descrito. Ela nada tem a ver com o empirismo e o positivismo, próprios da mentalidade científico-tecnológica. Que significa dizer que Deus está morto? Nietzsche percebeu que, para a civilização ocidental, Deus era um nome que simbolizava valores que não mais representavam as relações vividas entre o homem e seu mundo. Deus era uma forma taquigráfica de referir a negação da história, da liberdade, do futuro e da própria vida. Sua proclamação da morte de Deus tem por objetivo indicar a decadência cultural de uma civilização que adotou valores contrários à vida e os batizou com o nome de Deus. A morte de Deus é sua forma de se referir à agonia da civilização ocidental. Em Nietzsche essa proclamação ganha caráter ético, pois, a menos que Deus morra, o homem não terá condições para reconstruir a civilização sobre novas bases.

A chamada teologia da morte de Deus, em voga na década 1950-1960, não tem a profundidade da proclamação de Nietzsche; reflete, em larga medida, as influências do positivismo lógico, do empirismo, da ideologia da secularização e do cientificismo.

Veja também:
Argumento Ontológico
Ressurgimento da Metafísica
Teologia como Antropologia
Tradição Científico-Tecnológica
Tradição Hebraica

     
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