Origem


Há muito, filósofos e lingüistas têm-se dedicado à questão de como e quando a linguagem teria surgido. No entanto, pouco se avançou nesse terreno. Para se determinar a origem da linguagem, seria necessário esclarecer vários pontos extremamente controversos. Por exemplo: falariam já, ainda que rudimentarmente, os primatas que um dia vieram a ser homens? Ou se tornaram homens antes de inventar a fala? Ou se transformaram em homens quando criaram a linguagem?

Outra questão a se responder é: como seria primitivamente a linguagem? Um conjunto articulado de gritos e interjeições? Mas como poderiam as interjeições, que aproximam o homem da animalidade, passar de expressões de sentimentos a sinais ideológicos objetivos, a serviço do pensamento? Tem a linguagem origem na onomatopéia? Nesse caso o homem primitivo seria mais fino em sua capacidade auditiva do que o civilizado, que a refinou na música e na poesia? Pode-se, aliás, observar que as línguas modernas mais cultas são muito mais onomatopéicas do que as velhas, mesmo as mais elaboradas. É o caso do inglês, cuja capacidade imitativa é inexcedível. Trovão, trueno, tonnerre, troun, tuono são em português, castelhano, francês, provençal e italiano muito mais onomatopéicos do que o latim tonus.

Veja também:
Aquisição
Articulação
Estrutura
Evolução
Linguagem e Concepção do Mundo
Línguas
Relações

     
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